quinta-feira, 4 de abril de 2024

Duas cervejas acalmam minha mente. Duas cervejas me tiram do turbilhão de pensamentos em que eu vivo mergulhada e me permitem estar no aqui, vivendo, sentindo “apenas”. E é esse efeito que eu busco sempre que corro para a praia com meu livro e minhas duas ou três cervejas (às vezes quatro). O mar, o sol e a leitura potencializam o efeito que busco no álcool e ajudam a me lançar em um vácuo momentâneo. Suspensa. Com a sensação de me ver de fora, ali eu consigo só ser, estar no agora, estar em mim... sentindo o vento, o calor na pele, o som da vida acontecendo enquanto eu me permito apenas respirar e olhar, como uma passageira. Como a passageira que sou. 

Momentos assim têm me ajudado a manter o equilíbrio. Eu consigo anestesiar quem mais me atormenta, eu mesma.